quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Manifesto pela GREVE!

A GREVE GERAL de 24 de Novembro é uma indispensavél manifestação de indignação colectiva contra as injustiças e imposições practicadas pelo Governo do PS com o apoio da direita e pelo poder económico dominante. A mudança de políticas é uma exigência do presente e garantia do futuro.

A GREVE GERAL diz respeito a todos os trabalhadores e trabalhadoras, porque estão em causa os seus direitos e interesses fundamentais; é a favor dos desempregados porque o desemprego é uma violência para qualquer trabalhador e empobrece o País; Interessa às jovens gerações porque é preciso travar a precaridade e a exploração dos jovens, sob pena de virem a ter uma vida que os seus pais e avós; É a favor da esmagadora maioria da população porque as suas condições de vida estão a piorar aceleradamente; É uma luta pelo futuro de Portugal porque exigimos que se priorize o emprego, o investimento e o crescimento económico.


A GREVE GERAL é Contra as medidas de austeridade que encostam à parede os que menos têm e menos podem! E que hipotecam o desenvolvimento do País e levam à recessão na economia!

A GREVE GERAL é contra a redução do poder de compra dos salários de todos os trabalhadores da administração pública e do sector privado, contra a tentativa de boicote do aumento do Salário Mínimo Nacional para 500€, em Janeiro de 2011; contra o aumento da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. A proposta do orçamento de Estado prevê um corte nos salários reais do sector público em 2011 entre 3,2 e 13,2 . No sector privado, segundo dirigentes patronais, está-se a pagar menos 30 a 40% do que se pagava para as mesmas funções há apenas 2 anos.

A GREVE GERAL é contra o generalizado agravamento do custo de vida, com o aumento do IVA e dos preços dos produtos alimentares, dos medicamentos e de serviços prestados na área da Saúde, da Educação, da Energia, dos transportes colectivos, das custas judiciais e outras taxas de estado;

A GREVE GERAL é contra as práticas patronais generalizadas de ataque aos direitos dos trabalhadores, de flexibilização selvagem dos horários de trabalho, de utilização generalizada da precaridade para reduzir a retribuição, os direitos dos trabalhadores e a protecção social.

A GREVE GERAL é contra o bloqueio da negociação colectiva e as jogadas dos patrões e do Governo para fazer caducar as convenções colectivas existentes, para legitimar a retirada de direitos.

A GREVE GERAL é contra o congelamento das pensões de 3.5 milhões de pensionistas e contra a diminuição ou eliminação des abonos de família a cerca de um milhão e meio de crianças e jovens de famílias com baixos rendimentos.

A GREVE GERAL é contra o empobrecimento dos trabalhadores e da população e o aumento das desigualdades, que colocam metade da sociedade Portuguesa sem situação de carência, sem esperança no futuro, enquanto os ricos continuam mais ricos.


BASTA DE DESIGUALDADES!

Entre 2008 e 2009, défice do Estado passou de 2,8% para 9,3% porque meteram entre 5 e 7 mil milhões de euros no BPN e foram dados milhares de milhões de euros aos grandes grupos financeiros e económicos. Este é dinheiro nosso que saiu e não voltou! Entretanto, 22 empresas de bens não transaccionáveis, só no 1º semestre de 2010, somaram quase 3 mil milhões de euros de lucro, à custa dos preços que impõem aos cidadãos e à generalidade das empresas, quando compramos os seus produtos; para onde vai esse lucro no fim do ano? Para os bolsos dos accionistas! Mas este valor dava para cobrir 84% do corte necessário na despesa dos sacrifícios que querem impor aos trabalhadores e pensionistas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Greve Geral diz-me o seguinte - resolver uma crise económica (criada por agentes políticos em quem NÓS votamos), criando outras crises económicas.
Como não consigo compreender porque votamos em mentirosos e corruptos que de economia nada percebem nem querem perceber, também nunca compreenderei como uma crise resolve a outra.
Abaixo a produção.