Já esperava o cansaço da equipa, até porque a insistência nos mesmos jogadores à exaustão é uma marca do Jorge Jesus. A vitória foi mais que justa apesar do golo ter sido irregular, visto que o Saviola estava fora de jogo. Estranho é que salientem este facto e omitam os 2 penalties que ficaram por marcar, provavelmente aos opinion-makers só interessa olhar para os lances a partir de uma perspectiva, a de anti-benfiquistas primários. Mas vamos à análise do jogo que a discussão em Coimbra:
O Benfica entrou bem, não tão cativante como contra o olhanense ou o leiria, mas com boas transições, uma boa pressão, criando alguns lances de perigo até que o golo surgiu num livre directo de cardozo desviado por saviola em posição irregular. Depois do golo, mais um ou dois lances de perigo, pelo que a primeira parte terminava com um vencedor justo e um resultado adequado mas que podia ter 2 golos de diferença. É certo que o golo tinha sido irregular, mas também ficou um penalty por marcar. A académica tinha entretanto ficado reduzida a 10 elementos e com a vantagem notou-se que a equipa foi perdendo gás, visto que a oposição também era quase nula. Na segunda parte, a equipa claramente abrandou ainda mais o ritmo, talvez porque os jogadores tentaram gerir o esforço ou porque já não tinham pernas, mas o que é certo é que a académica nunca deixou de acreditar no empate e o benfica, também não foi capaz de matar o jogo. Aliás após a primeira substituição, a entrada de um Aimar sem ritmo no lugar de um Carlos Martins desgastado, aos 65 minutos, foi a académica que teve a oportunidade de empatar por 2 vezes por Diogo Valente (após falta de pernas de Coentrão e falta de atitude do David Luis perante um Songo'o determinado) e por Amauri Bischoff num remate ao poste direito da baliza de Roberto.
Quando se pensava que o remate ao poste iria trazer de volta os fantasmas da primeira volta, tanto mais que entretanto o técnico da académica fizera entrar Laionel que na primeira volta tinha sentenciado o jogo no estádio do Benfica, eis senão quando o Benfica acorda e carrega um pouco mais, carregando um pouco mais e criando um pouco mais de pânico na defesa academista, nomeadamente com o remate do Luisão ao poste.
Individualmente, Roberto esteve bem, não tendo hipóteses no remate que foi ao poste. Ruben Amorim esteve discreto até à lesão. Luisão esteve bem, atirou uma bola ao poste e mostrou por mais de uma vez, o porquê de ser o patrão da equipa. David Luis teve mais uma das suas falhas por falta de discernimento e/ou atitude. Coentrão muito bem a atacar, menos bem a defender. Airton não teve muito trabalho na primeira parte, mas na segunda não chegou para as encomendas. Salvio esteve desinspirado falhando cruzamentos e perdendo bolas, sendo que do outro lado, emboraa menos inspirado, tsmbém não deslumbrou. De Martins já se falou do cansaço e a dupla de avançados faturou o golo da ordem, mas não encantou ...
Resumindo, 3 pontos no saco, estamos à mesama distância dos tripeiros, 8 pontos, distância essa que é agora igual para o terceiro classificado, a lagartagem.
Quarta contra o Olhanense será inevitável a rotação de plantel e a entrada de muitos elementos frescos mas sem ritmo competitivo a sério. Aqui fica a minha previsão para o 11 titular: Júlio César; Maxi Pereira, Sidnei, David Luis e César Peixoto; Airton, Felipe Menezes, Gaitán e Aimar; Jara e Kardec.
1 comentário:
Foi de facto uma vitória justa, mas em completo acordo decepcionante, eu de facto esperava mais.
Mas o mais importante foi feito, a vitória.
Enviar um comentário