segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Regresso


É já hoje que se inicia a nova época futebolística encarnada embora na prática ela tenha começado há muito, face ao trabalho incessante e invisível que se processa de uma forma ininterrupta nos bastidores por toda a estrutura, por forma a que tudo esteja apto na hora do arranque. Já se sabe que não estará, pois o plantel não está fechado pois, para além dos aspectos habituais, surgiu a originalidade apresentada por Rui Alves e secundada por Luis Duque & Companhia. As estruturas dos clubes (de quase todos eles), vão assim estar sujeitas a horas extraordinárias com a colocação de futebolistas cuja situação já era tida como inteiramente resolvida. Vamos no entanto continuar curiosos com a evolução da situação neste particular, pois palpita-nos que ainda alguma água irá correr por debaixo das pontes...

N
 este arranque como aliás acontece sempre apesar de todas as indefinições,a expectativa de uma época profícua e vitoriosa mantem-se, com a novidade de passar a existir uma equipa B que também ela está a criar expectativas pelos valores e resultados que a mesma poderá potenciar no futuro, quer no que toca a futebolistas a fazer a sua transição dos escalões de formação para o profissionalismo, quer de todos os outros com potencialidades que transportam sonhos e albergam ambições dentro de si de virem a singrar no futuro. Tudo isso, face às exigências que o profissionalismo coloca e que com frequência deixa pelo caminho os menos dotados tecnicamente ou os que sendo-o, falham noutros aspectos sobretudo na capacidade de sacríficio ou na forte mentalidade que é vital possuir para fazer face a ambientes tão exigentes. 

M
as para além desses aspectos primordiais, existem outros na estrutura de apoio que urge levar em linha de conta pois cada vez mais eles assumem particular relevância. Ao longo das últimas épocas temos vindo a tecer algumas considerações sobre aquilo que, a nosso ver, constitui por vezes um forte handicap – o da comunicação – ou se quisermos a forma como ela chega e é considerada pela opinião pública. Está obviamente fora de questão a competência e o profissionalismo do Departamento de Comunicação do Benfica. Mas quando falamos em comunicação, estamos a falar de todos os que de alguma forma falam, escrevem ou comentam publicamente determinados aspectos da vida do Benfica. A começar pelo Presidente.

A
 tradição democrática e a cultura benfiquista tem permitido desde sempre a livre expressão, embora sujeita naturalmente ao cumprimento de regras que derivam de uma estrutura profissionalizada. Num país livre, não faria igualmente sentido aferralhoamentos mesmo que olhemos em redor e vislumbremos que isso aconteça. Mas, se numa qualquer empresa não é suposto que qualquer dos seus colaboradores venha comentar publicamente aspectos da vida da empresa, de igual modo num clube como o Benfica sujeito ainda por cima à incidência constante de holofotes para detectar situações que não se configurem como normais, espera-se ponderação, bom senso e esperteza nos seus contactos com osfabricantes de notícias que se desdobram para conseguir algo que os outros não conseguiram. Faz parte da génese da informação, agora que vivemos numa época em que não se respeitam regras ou códigos deontológicos desde que isso sirva para conseguir uma boa cacha.

J
ustamente por isso e numa estrutura composta por centenas e centenas de profissionais, a articulação é sempre complexa havendo que encontrar o ponto de equilíbrio próximo da situação ideal. Sendo que a lei do silêncio só é defensável em circunstâncias excepcionais, importa antes do mais comunicar e sobretudo fazê-lo bem – na forma, no conteúdo e sobretudo no timing. E isso nem sempre tem sido conseguido, sendo um dos aspectos que urge melhorar para esta época para evitar aproveitamentos prejudiciais aos interesses do Benfica, pois é preciso não esquecer que uma boa parte do segmento que os lê ou que os houve, nem sempre consegue discernir e separar o alarmismo ou a especulação dos títulos com os conteúdos das notícias no interior. Este é um aspecto que deverá ser tido em conta de uma forma permanente.

H
avendo claramente alguns órgãos de informação que têm hostilizado de uma forma por vezes abjecta o Benfica, fez-nos alguma confusão o facto de haver profissionais do Benfica que escolheram precisamente esses órgãos para dar entrevistas de fundo ou, se quisermos, para ter conversas em família, como foi sem sombra de dúvida o que aconteceu com o treinador principal do Benfica. Num mundo ideal isso podia e devia acontecer, mas neste doquanto mais especulação melhor, temos alguma dificuldade em compreender essa estratégia comunicacional que não vemos que tipo de vantagens pode trazer. Esse é um dos aspectos a rever sem que isso signifique ou queira significar coartar ou reduzir a liberdade de expressão de quem quer que seja. Até porque o Benfica é o clube melhor apetrechado para expandir a sua informação pois tem ‘no ar’ dois órgãos em permanência durante 24 horas por dia, para além de um semanal e tem profissionais competentes ao seu serviço...

N
a inauguração da nova imagem das Casas de Peniche e de Aveiro, Luis Filipe Vieira no seu habitual discurso fez menção de referir e bem, que o Benfica não deveria reagir a provocações. Esse deverá ser o princípio mas nunca o fim em si, pois os nossos adversários e inimigos, sabedores disso, não deixarão de aumentar os níveis de provocação para conseguir a nossa reacção para depois aparecerem os puristas a acusar-nos de incoerência. Em nosso entender deverão haver princípios internos dotados de alguma flexibilidade, pois também a época passada não era suposto abordarmos aspectos específicos de arbitragem e depois os sucessivos erros e as recorrentes provocações forçaram-nos a alterar a estratégia passando à reclamação veemente. Por último, uma referência ao plantel que nos pareceu algo prematura e que já nos causou dissabores no passado recente. Percebemos que se tratou de um discurso interno perante uma plateia de benfiquistas, mas a partir do momento em que as palavras são tornadas públicas o caso muda de figura. E depois, quando algo corre mal, aparecem os cobradores a atacar. E como há espíritos muito vulneráveis...

Excelente post do ANTI-BENFICA.COM

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