A história não é nova mas todos os anos acontece o mesmo filme, segundo os jornais portugueses o FC Porto prepara-se para desviar Caballero do Benfica.
Todos sabemos que no Benfica existe um tecto salarial e um tecto para as comissões a serem pagas a empresários e faz muito bem o Benfica em momentos chave das negociações não aumentar mais um cêntimo em comissões ou em valores de transferências quando o FC Porto surge pelo meio. Há que cumprir com os orçamentos previstos para a época e entrar em loucuras por este ou aquele jogador só porque o FC Porto se intrometeu seria cometer um enorme erro que nos levaria a aumentar ainda mais o passivo.
Exemplo disso são as loucuras cometidas pelo FC Porto só em comissões para Empresários entre clubes fícticios e etc.
Os factos não enganam como é explicado abaixo.
Só na contratação de Danilo o FC Porto gastou 3,1 milhões de euros em comissões por serviços de intermediação
O FC Porto gastou (ou vai gastar) 17,51 milhões de euros em pagamentos de comissões de intermediação a empresários de futebol, não só por compra e vendas de jogadores, mas também por renovações de contratos com futebolistas. Esta é uma das revelações do relatório e contas da época 2010-11, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este valor - calculado pelo PÚBLICO - resulta da soma das várias referências ao pagamento de comissões a empresários, feitas no relatório, em que a SAD portista revela que gastou 4,5 milhões de euros em comissões de intermediação na compra dos passes de Hulk, Moutinho, Walter, Otamendi, Iturbe e Kelvin. O mesmo documento refere que as renovações de contratos implicaram o pagamento de 2,5 milhões em serviços de intermediação.
Já no capítulo das vendas (que renderam mais-valias líquidas de 31,8 milhões de euros), o relatório faz menção ao pagamento de 3,55 milhões de euros de comissões nas transferências realizadas no exercício que terminou em Junho passado. Por exemplo, a transferência de Bruno Alves (por quem o Zenit pagou 22 milhões) rendeu um valor líquido de 18 milhões ao FC Porto, descontadas as comissões, os mecanismos de solidariedade a pagar aos clubes formadores e ainda acertos contabilísticos.
Neste relatório - versão completa do resumo de que o PÚBLICO deu conta, surge ainda a referência a mais dois valores, que engrossam a factura do FC Porto nos serviços a empresários. Um é relativo às alienações feitas no exercício anterior (2009-10), que atinge os 2,46 milhões de euros, e outro relativo às transferências da presente época, que só serão contabilizadas no próximo exercício, mas que já são referidas neste relatório: o FC Porto tem de pagar 3,1 milhões de euros por serviços de intermediação na compra de Danilo ao Santos, mais 700 mil na transferência de Alex Sandro, 500 mil na de Mangala e 250 mil euros na compra de Kléber. Tudo somado, o relatório de 2010-11 faz referência ao pagamento de 17,51 milhões de euros em comissões de intermediação.
Pinto da Costa: 1,1 milhões
O relatório enviado à CMVM revela ainda outros factos desconhecidos da opinião pública. Um deles é que a compra de 40% do passe de Hulk, em Maio deste ano, atingiu os 16,5 milhões de euros (ME), graças a três milhões de encargos adicionais (como comissões, prémios de assinatura e serviços legais) - ao todo, o FC Porto já gastou 22 milhões de euros no passe do brasileiro.
Na explicação dos valores das compras até Junho de 2011, percebe-se que 60% do passe de Iturbe foi comprado ao Cerro Porteño e à sociedade Pencilhil Limited por quatro milhões de euros (mais 200 mil em encargos adicionais). Somando os encargos adicionais referidos nesta rubrica, fica também a saber-se que a compra de Moutinho atingiu os 12,2 ME (e não 11), a de Kléber 3,8 ME, a de Walter 6,7 ME, a de Iturbe 4,2 ME e a de Kelvin 3 ME.
O sucesso desportivo do FC Porto, que na época passada venceu quatro competições, teve também reflexo na remuneração da administração da SAD, cujos salários e prémios atingiram 3,1 milhões de euros. Pinto da Costa encaixou um terço deste valor (1,1 milhões, sendo 400 mil euros salário fixo e 700 mil de prémio). Os restantes três administradores remunerados (Adelino Caldeira, Reinaldo Teles e Angelino Ferreira) receberam 660 mil euros cada um - 240 mil euros de remuneração fixa e 420 mil variável.
Na rubrica dos custos de pessoal, que perfaz 50 milhões de euros nas contas consolidadas (que incluem todas as sociedades do grupo FC Porto), é ainda explicado que os salários com atletas totalizaram 31,8 milhões de euros - deste montante, 1,7 milhões dizem respeito a jogadores emprestados a outros clubes, um valor que desce um milhão face à época anterior.
Numa época em que o FC Porto teve um lucro de 534 mil euros (quinto ano consecutivo), o passivo também subiu para 202 milhões de euros, o que deixa a SAD ao abrigo do artigo 35.º do código das sociedades comerciais. Ou seja, terão de ser tomadas medidas para que os capitais próprios (a diferença entre activos e passivos) não sejam inferiores a metade do capital social.
Já no capítulo das vendas (que renderam mais-valias líquidas de 31,8 milhões de euros), o relatório faz menção ao pagamento de 3,55 milhões de euros de comissões nas transferências realizadas no exercício que terminou em Junho passado. Por exemplo, a transferência de Bruno Alves (por quem o Zenit pagou 22 milhões) rendeu um valor líquido de 18 milhões ao FC Porto, descontadas as comissões, os mecanismos de solidariedade a pagar aos clubes formadores e ainda acertos contabilísticos.
Neste relatório - versão completa do resumo de que o PÚBLICO deu conta, surge ainda a referência a mais dois valores, que engrossam a factura do FC Porto nos serviços a empresários. Um é relativo às alienações feitas no exercício anterior (2009-10), que atinge os 2,46 milhões de euros, e outro relativo às transferências da presente época, que só serão contabilizadas no próximo exercício, mas que já são referidas neste relatório: o FC Porto tem de pagar 3,1 milhões de euros por serviços de intermediação na compra de Danilo ao Santos, mais 700 mil na transferência de Alex Sandro, 500 mil na de Mangala e 250 mil euros na compra de Kléber. Tudo somado, o relatório de 2010-11 faz referência ao pagamento de 17,51 milhões de euros em comissões de intermediação.
Pinto da Costa: 1,1 milhões
O relatório enviado à CMVM revela ainda outros factos desconhecidos da opinião pública. Um deles é que a compra de 40% do passe de Hulk, em Maio deste ano, atingiu os 16,5 milhões de euros (ME), graças a três milhões de encargos adicionais (como comissões, prémios de assinatura e serviços legais) - ao todo, o FC Porto já gastou 22 milhões de euros no passe do brasileiro.
Na explicação dos valores das compras até Junho de 2011, percebe-se que 60% do passe de Iturbe foi comprado ao Cerro Porteño e à sociedade Pencilhil Limited por quatro milhões de euros (mais 200 mil em encargos adicionais). Somando os encargos adicionais referidos nesta rubrica, fica também a saber-se que a compra de Moutinho atingiu os 12,2 ME (e não 11), a de Kléber 3,8 ME, a de Walter 6,7 ME, a de Iturbe 4,2 ME e a de Kelvin 3 ME.
O sucesso desportivo do FC Porto, que na época passada venceu quatro competições, teve também reflexo na remuneração da administração da SAD, cujos salários e prémios atingiram 3,1 milhões de euros. Pinto da Costa encaixou um terço deste valor (1,1 milhões, sendo 400 mil euros salário fixo e 700 mil de prémio). Os restantes três administradores remunerados (Adelino Caldeira, Reinaldo Teles e Angelino Ferreira) receberam 660 mil euros cada um - 240 mil euros de remuneração fixa e 420 mil variável.
Na rubrica dos custos de pessoal, que perfaz 50 milhões de euros nas contas consolidadas (que incluem todas as sociedades do grupo FC Porto), é ainda explicado que os salários com atletas totalizaram 31,8 milhões de euros - deste montante, 1,7 milhões dizem respeito a jogadores emprestados a outros clubes, um valor que desce um milhão face à época anterior.
Numa época em que o FC Porto teve um lucro de 534 mil euros (quinto ano consecutivo), o passivo também subiu para 202 milhões de euros, o que deixa a SAD ao abrigo do artigo 35.º do código das sociedades comerciais. Ou seja, terão de ser tomadas medidas para que os capitais próprios (a diferença entre activos e passivos) não sejam inferiores a metade do capital social.
Fonte: Jornal "Público"
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